O Fiat Mobi está chegando ao mercado (confira aqui as primeira informações publicadas no AUTOPOLIS) com a missão de reforçar o protagonismo da marca no segmento de entrada. Desde o fim do Mille, os italianos vêm preenchendo o espaço com versões simplificadas de modelos mais caros, como o Uno Vivace e o Palio Fire, porém, faltava um carro realmente desenvolvido para o papel.
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O Mobi foi concebido para ser essencialmente urbano e, talvez, nesse quesito, o seu único concorrente verdadeiramente direto seja o Volkswagen Up. Isso indica uma certa mudança no perfil do consumidor, que busca um automóvel que atenda suas necessidades cotidianas e que, geralmente, possui um carro para uso no trabalho e outro para passear com a família.
O novo subcompacto da Fiat é exatamente isso: um carro para o dia-a-dia, que oferece economia e praticidade no trânsito, mas com espaço apenas suficiente para acomodar bem adultos e crianças por trajetos curtos e médios.
Movimentando o Mobi
Em nosso primeiro contato ao volante do Mobi, andamos com as versões Way e Like, ambas “On”, equipadas com ar-condicionado e direção hidráulica. Não há mudanças mecânicas entre elas, apenas estéticas e de equipamentos.
A posição de dirigir é boa, o volante multifuncional é prático e possui empunhadura agradável, o painel tem fácil leitura, especialmente a tela central em LCD do computador de bordo. O rádio ocupa posição de fácil acesso e os botões facilitam o manuseio, oferecendo conectividade com dispositivos móveis via Bluetooth e USB.
No trânsito a direção hidráulica ajuda bastante e tem a virtude de ser macia sem prejudicar a agilidade nas manobras. O câmbio é um ponto que precisa evoluir, pois os engates não são muito precisos, o que diminui um pouquinho o prazer da condução.
O motor Fire Evo 1.0 que gera 73/75 cv de potência (gasolina/etanol), é adequado à proposta do carro, mas que, como todo 1.0, exige que o motorista não tenha preguiça de fazer constantes reduções de marcha e pisar com vontade no acelerador, especialmente se há mais passageiros e/ou bagagem. No acelera e freia das grandes cidades, com vias cheias de radares, tá de bom tamanho. O carro é mais leve que o Uno, o que também ajuda no comportamento mais alegre do Mobi.
O consumo médio, segundo dados do Inmetro, é de 8,4km/l e 11,9km/l na cidade e 9,2 km/l e 13,3 km/l na estrada, abastecido com etanol e gasolina, respectivamente. O AUTOPOLIS fará uma medição própria de consumo assim que receber o veículo do fabricante para um teste prolongado.
O espaço interno passa longe de ser um latifúndio. Pessoas com até 1,60 m se acomodam sem problemas. A partir de 1,70 já fica um pouco apertadinho. Como quase todo Fiat, o Mobi vem com travinhas móveis que limitam o curso do trilho dos bancos dianteiros, basta destaca-las e, quase que como mágica, motorista e passageiro dianteiro ganha um espação para as pernas, embora sacrifique quem vai atrás. Pessoas que andam a maior parte do tempo sozinhas ou com um carona, casais com um ou dois filhos pequenos são exemplos de usos que o Mobi encara bem. Com quatro adultos, um pouco de puxa aqui e estica ali, cabe todo mundo, ainda que sem muito conforto.
Há um bom número de porta-objetos e o console possui dois porta copos bem posicionados. O porta-malas de 235 litros também é adequado a um carro urbano e, no caso do Mobi, tem o interessante Cargo Box, que consiste num compartimento móvel com tampa capaz de acomodar pequenos volumes de forma organizada e discreta. A tampa de vidro causa certa estranheza inicial, mas é responsável por um dos diferenciais estilísticos do carro. Seu manuseio ficaria mais fácil se houvesse um botão para abertura, porém, esta só pode ser feita pela chave ou através de uma alavanca ao lado do assento do motorista.
Levando o Mobi pra casa
Dentro da linha Fiat, a chegada do Mobi tira o Uno Vivace de produção, mas não sacrifica o Palio Fire, que permanecerá até que o caçula da linha se estabeleça no mercado. Fora da marca, o principal concorrente do subcompacto italiano é o Volkswagen Up, também um legítimo urbano. Sob outra óptica, pode-se incluir aí o JAC J2 e alguns outros pequenos orientais.
Mais uma vez, o que decidirá por um modelo e outro é o gosto do consumidor e sua eventual preferência por uma marca específica. O Mobi, mesmo com preço inicial partindo de R$ 31.900, ainda assim é mais barato que os R$ 32.590 pedidos pelo Take Up, sendo que, por esse preço, o Fiat tem quatro portas e o Volkswagen duas. Outra vantagem, ainda que momentânea, do Fiat Mobi, é o efeito novidade, que também tem forte apelo.
O Fiat Mobi vem com visual diferenciado e marcante, é bom se dirigir e vai dar o que falar. A concorrência, especialmente o Volkswagen Up, vai contra-atacar. Será um disputa interessante de se ver.
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