Toyota Etios ganha câmbio automático e evolui na mecânica, mas esquece o visual

Durante a apresentação da linha 2017 da família Etios, o presidente da Toyota para a América Latina, Steve St. Angelo, admitiu que, após analisar as opiniões de clientes e da imprensa especializada, a empresa reconheceu que o acabamento interno, o visual e o nível de equipamentos são realmente os pontos fracos dos modelos. Segundo o executivo, esses apontamentos serviram como base para a Toyota trabalhar nas melhorias promovidas tanto no hatch como no sedã.

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A primeira mudança, um dos maiores motivos de críticas ao Etios, foi no painel de instrumentos. Embora continue centralizado, o item passa a ser totalmente digital e com grafismo de melhor leitura. Além disso, desde a versão de entrada, o compacto passa a sair de fábrica equipado com computador de bordo de série – o instrumento informa dados de consumo, velocidade média e distâncias percorridas.

Outro ponto que se destacava entre as críticas ao Etios é o acabamento. Este, no entanto, não recebeu grandes melhorias. Apesar de novas opções de materiais, a utilização de plástico rígido ainda é predominante na cabine e a montagem não é das mais caprichadas. Comparado a rivais das mesas categorias e faixas de preços, os modelos da Toyota continuam defasados nesses quesitos.

Mas não foi apenas nos defeitos que a Toyota mexeu. A marca aprimorou a elogiada mecânica do compacto. A suspensão passou por acertos para privilegiar o conforto, enquanto a direção elétrica foi reprogramada para ficar rápida e direta.

A marca japonesa não parou por aí. A partir de agora, os motores de 1.3 e 1.5 litro flex são fabricados no Brasil com a tecnologia de duplo comando variável das 16 válvulas. O sistema atua no gerenciamento dos sistemas de admissão e escape da câmara de combustão, otimizando a queima do combustível de maneira inteligente, refletindo em melhor desempenho e menor consumo.

Com essa atualização, o motor 1.3 passa a render 8 cv que o anterior, chegando a 88/98 cv de potência a 5.600 rpm e torque máximo de 12,3/12,8 kgfm a 4.000 rpm (gasolina/etanol). Acoplado ao novo câmbio manual de seis marchas, o hatch mostra desempenho bastante satisfatório, esbanjando arrancadas e retomadas espertas. A nova transmissão, bem escalonada, trabalha em boa sintonia com o propulsor em todas as situações. Os engates curtos e precisos da alavanca de trocas de marchas proporciona uma condução um tanto agradável.

Já o motor 1.5 rende 102/107 cv a 5.600 rpm (11 cv a mais que o anterior) e 14/14,4 kgfm a 4.000 rpm (gasolina/etanol). Acoplado à caixa automática de quatro velocidades, o propulsor deixou o Etios mais confortável no trânsito urbano, mas é possível notar que essa transmissão limita um pouco o desempenho do carro quando comparada ao câmbio manual. Embora detecte o modo de condução do motorista, a transmissão hesita um pouco nas trocas de marchas. No geral, esse conjunto mecânico cumpre a proposta de priorizar o conforto. O Etios automático vai bem, mas segue desatualizado perante os rivais que já utilizam caixas de seis velocidades.

Com a escolha dessa transmissão, a Toyota atende um antigo desejo de seus clientes e, de quebra, passa a oferecer o compacto automático mais acessível do país (versão X 1.3, que parte de R$ 47.490), segundo ela própria.

Teste-drive a convite da Toyota
Fotos: Divulgação

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