IMOLA, 1986

SÃO PAULO (que saudade, putz) – Avisa o intrépido Alessandro Neri que hoje faz exatos 30 anos do GP de San Marino vencido por Alain Prost em 1986. “Uma aula”, diz Neri. E um drama, porque o francês cruzou a linha sem uma gota de combustível. Renan do Couto lembra aqui, inclusive, deste GP de panes secas — foram cinco.

Mas aula, de verdade, dava a Globo na cobertura do Mundial. Vejam o trabalho pré-corrida conduzido por Galvão Bueno na condição de repórter. Visitando San Marino, falando do circuito, entrevistando todo mundo com sobriedade, conhecimento de causa, postura. Depois, a narração precisa, econômica, informativa. No fim, mais entrevistas.

Um espetáculo que, infelizmente, a Globo não leva mais ao ar. Galvão mudou muito seu estilo, é normal, não faz mais reportagem. Mas é uma pena que a emissora não dê mais ao Mundial o espaço que dava. Com menos gente, menos equipamento, menos recursos, a cobertura era um milhão de vezes melhor.

O resto também era. O Piquet roubou o sálvia de prata de Prost no pódio.

Mas devolveu.



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