SÃO PAULO (de boa) – O Tulio mandou o vídeo abaixo, quase se desculpando. “Sei que você não gosta de arrancada…” etc.
Não é bem assim. Acho, em geral, uma competição pobre. Mas acho, em geral, bacanas esses dragsters americanos. E ninguém é obrigado a gostar de tudo, afinal.
“Ah, mas você tem preconceito com arrancada no Brasil!”, alguém vai estrilar — certeza.
Não é bem assim. Tenho preconceito contra competições mambembes realizadas sem a menor preocupação com segurança e/ou supervisão de quem entende do assunto. Elas acontecem aos montes no Brasil. No mundo inteiro, suponho. Acho que muitas delas acabam sendo demonstrações de virilidade de gente que não tem a menor noção do que é esporte, que é chegada num racha, em ilegalidades, que coloca a vida dos outros em perigo. Correr de carro, mesmo que em linha reta, não é brincadeira.
“Ah, mas tem muita gente séria fazendo e gera muito emprego!”, mais alguém há de berrar.
Sim, eu sei. Nunca critiquei ninguém por ser sério e gerar emprego. Estes, obviamente, estão excluídos do que chamo de “gente que não tem a menor noção do que é esporte, que é chegada num racha, em ilegalidades, que coloca a vida dos outros em perigo”.
Portanto, ninguém precisa se sentir ofendido porque o jornalista tal não gosta de arrancada. Também não gosto de dobradinha, e nem por isso a Federação Nacional dos Amantes de Dobradinha faz protestos diários contra mim na porta de casa.
Ah, o vídeo. É muito louco o que acontece com os pneus dessas trapizongas.
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