NADA COMO A VIDA

SÃO PAULO (aprendam, crianças) – Sou um ácido crítico de quem acha que tudo que se faz no mundo virtual é espetacular e fantástico, que diante de uma tela, um teclado, um mouse, um controle de videogame, consegue-se reproduzir a realidade. Às vezes troco umas farpas com a galerinha de corridas virtuais, a turma que acha que, de verdade, um sujeito capaz de se sair bem num simulador pode ser, automaticamente, um bom piloto aqui fora.

Acho uma puta cascata. Ah, mas a Nissan e a Sony e o PlayStation… A Nissan, a Sony e o PlayStation fazem uma coisa muito interessante do ponto de vista de marketing. Partem de uma massa de, sei lá, um milhão de pessoas, para “selecionar” possíveis pilotos em função de seus desempenhos em videogames.

Claro que de uma massa de um milhão de pessoas vão aparecer três ou quatro capazes de se tornarem pilotos na vida real. Isso não depende do videogame. Se você pegar um milhão de marceneiros, padeiros, ourives ou estafetas, também é capaz de encontrar três ou quatro que, bem treinados, podem guiar um carro de corrida.

Mas, aí, pinga um egresso do PlayStation num campeonato qualquer e pronto: lá vem a turba do X, quadrado e bolinha, que gasta a vida conectada a um console, afirmar sem medo de errar que videogames podem, sim, produzir pilotos.

Bom, faço esta enorme digressão, que já fiz outras vezes, para mostrar o vídeo postado nos comentários pelo blogueiro Mickey Mouse. A Jaguar simula um simulador e…

E aí acontece o que vocês verão abaixo. Lamento, jovens. Na vida real, o buraco é mais embaixo.



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