Com a responsabilidade de equipar as versões com maior volume de vendas, a chegada do motor 2.0 Tigershark flex ao novo Jeep Compass gerava certa expectativa. Revelado no fim de setembro, o SUV causou boa impressão quando empurrado pelo 2.0 Multijet Diesel, o que, por consequência, aumentou as exigências em relação ao propulsor bicombustível.
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Produzido no México, trata-se de um motor global da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), que sofreu 20 modificações, entre novos componentes e materiais, para poder consumir etanol em solo brasileiro. Incluído neste processo de adequações, está o sistema que aquece o combustível antes da partida, dispensando assim o tanquinho auxiliar de gasolina para partida a frio.
Tubarão tecnológico
O pacote tecnológico incorporado ao novo propulsor revela os cuidados da engenharia do fabricante em combinar durabilidade, suavidade de funcionamento – falaremos disso mais a frente – e potência.
Dentre suas principais características, destaca-se o duplo comando de válvulas com variador de fase independente para cada eixo, o que permite que o motor trabalhe alternando características do ciclo Atkinson e ciclo Muller, impactando positivamente no desempenho e no consumo. A correia de acionamento e seu tensor foram trabalhadas para redução de atrito e ruídos. Os pistões possuem pino flutuante com um revestimento à base de carbono, que permite reduzir o atrito. Os balancins são roletados e possuem acabamento especial para redução de atrito nos contatos. Por fim, segundo a fabricante , durante a montagem existe um controle preciso de folgas no virabrequim, bielas e pistões.
O resultado disso são 166 cv de potência a 6.200 rpm e 20,5 kgfm de torque a 4.000 rpm com etanol (159 cv e 19,9 kgfm com gasolina). Para favorecer a agilidade em baixas rotações, 86% do torque total está disponível a partir dos 2.000 giros. A transmissão é automática de seis marchas, com possibilidade de mudanças manuais (por aletas atrás do volante a partir da versão Longitude). Segundo a Jeep, a aceleração de 0 a 100 km/h é de 10,6 segundos, quando abastecido com etanol. Também segundo a fabricante, o consumo com etanol é de 5,5 km/l na cidade e 7,5 km/l na estrada, números que, com gasolina, alteram para 8,1 km/l (cidade) e 10,5 km/l (estrada).
Em movimento
AUTOPOLIS avaliou o novo Jeep Compass equipado com motor 2.0 flex na estrada que liga Guarujá a Bertioga, no litoral paulista, que possui um alternância de trechos sinuosos, algumas longas retas e bons pontos de ultrapassagem.
Assim como já observado em nosso primeiro contato com o Jeep Compass, o SUV tem um excelente manuseio. É um carro “na mão”, que responde com precisão aos comandos e que é agradável de dirigir. A direção é leve sem ser “molenga” e o conjunto de suspensões e pneus proporcionam estabilidade e boa aderência curvas. O rodar confortável e seguro, com baixo nível de ruídos na cabine, graças ao eficiente isolamento acústico. Outra característica que chamou a atenção positivamente são os freios, muito eficientes em situações de emergência e suave nas pequenas reduções de velocidade.
Mas e o novo motor? Dá conta do recado? O desempenho do Jeep Compass equipado com o novo 2.0 Tigershark flex é muito bom. Os 166 cv de potência e os 20,5 kgfm de torque são mais que suficientes para dar agilidade ao SUV. Um ponto negativo é a falta de uma tecla “sport” no câmbio, que fizesse o motor trabalhar em um giro mais alto, permitindo reduções mais rápidas e vigorosas de marchas no modo automático. Mesmo com a possibilidade de redução manual, nem sempre o sistema “aceita” fazer as reduções na forma que você deseja.
A suavidade de funcionamento, entretanto, é outro ponto que merece destaque no bicombustível. Realmente, a FCA fez um ótimo trabalho na redução de vibrações, ruídos e aspereza do motor. Em baixo giro é muito silencioso e em rotações mais altas ele não é muito gritão.
Com preços partindo de R$ 99.990 na versão Sport e R$ 106.990 na Longitude, o Jeep Compass 2.0 flex entra com muita força no segmento de SUV médios, hoje povoado por modelos um tanto defasados. Nessa lista de concorrentes estão incluídos modelos como Honda CR-V (oferecido em versão única por R$ 148 mil), Toyota RAV4 (com preço inicial de R$ 104.256), Hyundai iX35 (R$ 99.990) e Kia Sportage (o único que foi renovado recentemente, por R$ 112.990), além do crossover Mitsubishi ASX (R$ 97.990), apenas para ficar entre os mais populares. Nesse cenário a vantagem é do Jeep Compass, considerando ainda o fato de ser novidade e ter um visual arrojado e chamativo.
Preços e versões
Jeep Compass Sport 2.0 Flex AT6 4×2 R$ 99.990
Jeep Compass Longitude 2.0 Flex AT6 4×2 R$ 106.990
Jeep Compass Longitude 2.0 Diesel AT9 4×4 R$ 132.990
Jeep Compass Limited 2.0 Flex AT6 4×2 R$ 124.990
Jeep Compass Trailhawk 2.0 Diesel AT9 4×4 R$ 149.990
Do Guaruja (SP), a convite da Fiat Chrysler Automobiles (FCA)
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