Em setembro, durante o lançamento dos novos motores FireFly da Fiat, nós havíamos ressaltado a evolução que esse propulsor significa para o Uno. Agora, meses depois, com a possibilidade de testar o compacto por mais tempo e realizar os testes de desempenho e consumo em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia, é possível afirmar: o compacto é praticamente outro carro.
São dois novos motores: 1.0 litro de três cilindros e 1.3 litros de quatro cilindros. O propulsor 1.0 entrega 72 cv e torque de 10,4 kgfm (gasolina) e 77 cv e 10,9 kgfm (etanol), enquanto o 1.3 chega a 101 cv e 13,7 kgfm (gasolina) e 109 cv e 14,2 kgfm (etanol).
Com as duas motorizações, o comportamento do Uno é muito melhor. Os ajustes feitos pela engenharia da Fiat, nos dois casos, permitem a entrega de torque em baixas rotações, sendo que os dois se dão muito bem na cidade. Na estrada o motor 1.0 deixa a desejar, mas em nível compreensível para sua proposta. Já o motor 1.3, garante ótimo desempenho dentro das cidades e razoável na estrada.
Confira o Teste Carsale-Mauá:
| Uno 1.0 Fire | Uno 1.0 FireFly | Uno 1.4 Fire | Uno 1.3 FireFly |
Consumo Cidade | 10 km/l (e) e 12,9 km/l (g) | 10,5 km/l (e) e 14 km/l (g) | 9 km/l (e) e 13 km/l (g) | 10,4 km/l (e) e 15,3 km/l (g) |
Consumo Estrada | 13,7 km/l (e) e 16,2 km/l (g) | 14,3 km/l (e) e 18,7 km/l (g) | 13,3 km/l (e) e 17,2 km/l (g) | 13,7 km/l (e) e 19,6 km/l (g) |
0 a 60 km/h | 6,48s (e) e 6,99s (g) | 6,09s (e) e 6,39s (g) | 5,48s(e) e 5,70s (g) | 4,78s (e) e 5,14s (g) |
0 a 100 km/h | 17,12s (e) e 18,57s (g) | 15,31s (e) e 16,11s (g) | 13,86s (e) e 14,49s (g) | 11,42s (e) e 12,23s (g) |
0 a 120 km/h | 27,15s (e) e 31,35s (g) | 23,49s (e) e 25,11s (g) | 20,70s (e) e 21,51 (g) | 16,79s (e) e 18,12s (g) |
Retomada 40 a 100 km/h | 16,09s (e) e 17,75s (g) | 13,94s (e) e 15,98 (g) | 14,20s (e) e 14,59 (g) | 11,02s (e) e 12,07s (g) |
Retomada 80 a 120 km/h | 17,73s (e) e 20,37s (g) | 15,26s (e) e 17,01 (g) | 16,84s (e) e 18,80s (g) | 12,48s (e) e 14,09s (g) |
Aceleração em 400 metros | 20,35s e 107,09 km/h (e) e 20,92 s e 104,44 km/h (g) | 19,68s e 111,32 km/h (e) e 20,03s e 109,40 km/h (g) | 18,99s e 116,72 km/h (e) e 19,30s e 114,92 km/h (g) | 17,89s e 123,09 km/h (e) e 18,47s e 113 km/h (g) |
Aceleração em 1000 metros | 38,27s e 131,74 km/h (e) e 39,28s e 129,81 km/h (e) | 36,53s e 141,87 km/h (e) e 37,25s e 138,82 km/h (g) | 35,69s e 141,42 km/h (e) e 36,07s e 140,30 km/h (g) | 33,34s e 152,56 km/l (e) e 34,07s e 151,27 km/l (g) |
Frenagem 100 a 0 km/h | 56,23 metros | 52,3 metros | 54,8 metros | 54,3 metros |
Conforme a tabela comparativa acima, é possível notar a grande melhoria de desempenho com os novos motores FireFly. As retomadas estão até quatro segundos melhores, enquanto na prova de aceleração de 0 a 100 km/h o avanço médio foi de dois segundos. Em resumo, o desempenho com os motores Fire deixavam a desejar, mesmo dentro da sua categoria e, agora, com os blocos FireFly, o Uno anda de maneira aceitável e agradável (no caso do 1.3).
O consumo de combustível também melhorou. De maneira mais tímida no caso da utilização de etanol, no entanto, com gasolina, os ganhos foram bem consideráveis.
O grande pecado do Uno continua sendo o seu ajuste de suspensão. Voltada para o conforto, a suspensão filtra muito bem as imperfeições do asfalto brasileiro, transmitindo pouquíssima vibração para a cabine, porém, em termos de estabilidade, o compacto fica devendo.
Aliás, por falar em conforto, a direção elétrica ajuda muito a tornar o Uno menos cansativo para dirigir, enquanto a funçao City, que aumenta em 50% o auxílio à direção, facilita de maneira satisfatória as manobras para estacionamento. Porém, a direção poderia ser mais firme na estrada.
O Uno 2017, dependendo da versão, ou se o consumidor estiver disposto a adicionar os itens como opcionais, também se torna uma referência em segurança para o segmento de compactos. O modelo pode sair de fábrica com controle eletrônico de estabilidade (ESC), controle de tração (TC), assistência de partida em rampa (Hill Holder), sistema antideslizamento ASR e partida assistida (Tip Start). Outra novidade é o banco traseiro bipartido, que facilita acomodação de bagagens.
Em suma, o Uno continua com o seu acabamento interno simples (que teve melhorias na montagem desde a estréia do irmão menor, o Mobi) e espaço reduzido, que fica mais nítido quando comparado a outros modelos na mesma faixa de preço. No entanto, mesmo com a troca de motores, o Uno mantém a manutenção simples e a promessa de robustez, tão elogiada durante os anos de motor Fire.
| Fiat Uno 1.0 FireFly | Fiat Uno 1.3 FireFly |
Motor | Transversal, dianteiro com 3 cilindros em linha | Transversal, dianteiro com 4 cilindros em linha |
Cilindrada Total | 999 cm³ | 1322 cm³ |
Potência (gasolina/etanol) | 72/77 cv | 101/109 cv |
Torque (gasolina/etanol) | 10,4/10,9 kgfm | 13,7/14,2 kgfm |
Transmissão | Manual de 5 velocidades | Manual de 5 velocidades |
Freios dianteiros | A disco com ABS e EBD | A disco com ABS e EBD |
Freios traseiros | Tambor | Tambor |
Suspensão dianteira | Tipo Mc Pherson | Tipo Mc Pherson |
Suspensão traseira | Eixo de torção | Eixo de torção |
Pneus | 175/65 R14 | 175/70 R14 (185/60 R15 na Sporting) |
Direção | Elétrica com função City | Elétrica com função City |
Altura (m)
| 1.48 | 1.54 |
Largura (m) | 1.63 | 1.65 (1.67 na Sporting) |
Comprimento (m) | 3.82 | 3.82 |
Entre-eixos (m) | 2.37 | 2.37
|
Peso em ordem de marcha(kg) | 1.010 | 1.057 (1.055 kg na Sporting) |
Tanque (L) | 48 | 48 |
Porta-malas (L) | 280 | 280 |
Fotos: Renan Rodrigues e Divulgação
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