NOVOS TEMPOS

SÃO PAULO (pensativo) – Fala aí, macacada.

Nestes últimos dez dias, tudo que vi foi sol, areia e mar.

Nesse meio tempo um fascista de merda invadiu uma casa em Campinas e matou 12 pessoas, incluindo a ex-mulher e o filho de 8 anos.

Não deu tempo de discutir direito o tema, porque logo depois, em Manaus, 56 presos morreram num presídio de gestão privatizada. Em seguida, mais 31 em Roraima. Um pouco mais longe, um atirador matou 39 numa boate em Istambul e um outro, 5 no aeroporto de Fort Lauderdale, nos EUA. Tudo isso fez com que se esquecesse rápido do ambulante assassinado a pontapés numa estação de metrô em São Paulo porque defendia travestis que estavam sendo agredidas por valentões paulistanos.

Dá para falar de automobilismo num mundo assim?

Bem, é o que temos. Para cada vez menos gente aqui, visto que o público migrou para outras redes sociais — é a segunda vez que toco no assunto, o que pode indicar uma tendência de, de uma hora para outra, dizer apenas: acabou, por falta de leitores.

O ano do esporte a motor começou com o Dakar, como sempre, e hoje tem… corrida virtual. Me tirem os tubos. A Fórmula E abre 2017 com uma prova em Las Vegas (argh) com os 20 pilotos das dez equipes e mais dez “gamers” (é esse o nome?) que vestirão macacão e farão uma corrida em simulador. Provavelmente uns gordinhos sedentários que passam o dia diante de um computador em vez de viver a vida. Olha só a cara do mané da equipe do Lucas di Grassi.

A premiação bate no milhão de dólares. Estão todos elogiando. Ah, que bacana, se aproximar dos jovens, dos videogames, dos computadores!

Eu acho tudo, sinceramente, uma merda.

Formula E CES Las Vegas



Leia Mais.

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SÃO PAULO (pensativo) – Fala aí, macacada.

Nestes últimos dez dias, tudo que vi foi sol, areia e mar.

Nesse meio tempo um fascista de merda invadiu uma casa em Campinas e matou 12 pessoas, incluindo a ex-mulher e o filho de 8 anos.

Não deu tempo de discutir direito o tema, porque logo depois, em Manaus, 56 presos morreram num presídio de gestão privatizada. Em seguida, mais 31 em Roraima. Um pouco mais longe, um atirador matou 39 numa boate em Istambul e um outro, 5 no aeroporto de Fort Lauderdale, nos EUA. Tudo isso fez com que se esquecesse rápido do ambulante assassinado a pontapés numa estação de metrô em São Paulo porque defendia travestis que estavam sendo agredidas por valentões paulistanos.

Dá para falar de automobilismo num mundo assim?

Bem, é o que temos. Para cada vez menos gente aqui, visto que o público migrou para outras redes sociais — é a segunda vez que toco no assunto, o que pode indicar uma tendência de, de uma hora para outra, dizer apenas: acabou, por falta de leitores.

O ano do esporte a motor começou com o Dakar, como sempre, e hoje tem… corrida virtual. Me tirem os tubos. A Fórmula E abre 2017 com uma prova em Las Vegas (argh) com os 20 pilotos das dez equipes e mais dez “gamers” (é esse o nome?) que vestirão macacão e farão uma corrida em simulador. Provavelmente uns gordinhos sedentários que passam o dia diante de um computador em vez de viver a vida. Olha só a cara do mané da equipe do Lucas di Grassi.

A premiação bate no milhão de dólares. Estão todos elogiando. Ah, que bacana, se aproximar dos jovens, dos videogames, dos computadores!

Eu acho tudo, sinceramente, uma merda.

Formula E CES Las Vegas



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