Desde que foi mostrado pela primeira vez ao público brasileiro, no último Salão do Automóvel de São Paulo, o novo Chevrolet Tracker vem sendo assunto da mídia nacional, contudo, faltava uma experiência ao volante para que fosse possível ter uma real dimensão das mudanças sofridas pelo SUV. O local escolhido para que a imprensa especializada realizasse o primeiro test-drive do modelo foi Detroit, nos frios dias que antecedem o famoso evento que abre o calendário automotivo mundial, o Salão de Detroit.
A mudança mais perceptível do novo Tracker é a frente redesenhada, que ficou realmente muito mais moderna e imponente que a do modelo anterior. O faróis ficaram mais afilados e incorporam iluminação por LEDs, a grade mais ampla se estende pela área frontal passando uma sensação de que o carro é mais largo e o para-choque ganhou formas mais agressivas. Na lateral nenhuma mudança além das novas rodas de 18 polegadas, enquanto, a traseira, incorpora novo para-choque e lanternas também com iluminação por LEDs.
Além de estar mais silencioso, o interior tem como destaque o novo painel, que traz um desenho mais moderno e um acabamento mais refinado. O sistema de info-entretenimento MyLink oferece maior conectividade com smartphones através do Android Auto e do Apple CarPlay.
O sistema OnStar também oferece novos recursos, como o Diagnóstico Avançado, que permite ao usuário fazer uma análise completa dos principais sistemas do veículo de maneira remota.
O alerta de ponto cego e a câmera de ré com alerta de movimentação traseira são novos recursos de segurança que facilitam a vida do condutor, especialmente no trânsito urbano.
Colocando o Tracker para andar
Detroit, Michigan, EUA – Em meio a um frio congelante que domina Detroit nesta época do ano, AUTOPOLIS teve a oportunidade de experimentar as reações do novo Tracker em trechos urbanos e rodoviários. Embora a versão avaliada, Premier, seja exclusiva do mercado norte-americano, em sua essência o carro é o mesmo que estará disponível nos concessionários brasileiros.
Para quem dirige, as mudanças mais impactantes são a introdução da direção com assistência elétrica e, principalmente, a nova motorização.
Quando um carro ganha direção elétrica, sua interface com o motorista melhora bastante, e não foi diferente com a Tracker. Além de deixar a condução mais agradável, transmite uma sensação de controle mais direto sobre as rodas. No caso da unidade avaliada, que tinha um acerto de suspensão mais macio que a utilizada nos modelos destinados ao Brasil, o sistema de direção ajudou a dar uma impressão de maior segurança.
É sob o capô, contudo, que a verdadeira personalidade da nova Tracker está guardada. O novo motor turbo com injeção direta de combustível, o mesmo utilizado no Cruze, dá vida nova ao carro. São 153 cv de potência e 24,4 kgfm de torque, dos quais 90% está disponível a apenas 1.500 rpm. O propulsor faz conjunto com um câmbio automático de 6 marchas que tem funcionamento eficiente e discreto.
Esqueça o antigo Tracker, o novo acelera com muito mais vontade, especialmente nas arrancadas e retomadas. As sensações não são muito diferentes das percebidas nas recentes avaliações do novo Cruze, o que torna a condução do novo SUV muito mais prazerosa. Mesmo no frio intenso, com temperaturas abaixo de -10o e um pouco de neve, o motor funciona redondo e com disposição inabalável.
O consumo também evoluiu muito em relação ao que era oferecido pelo antigo motor 1.8. Segundo dados do fabricante, as médias com gasolina são de 11,7 km/l na estrada e de 10,6 km/l na cidade, enquanto que com etanol são de 8,2 km/l e 7,3 km/l, respectivamente. Durante nossa avaliação, essa redução no gasto de combustível foi notada não só pelos números apresentados pelo computador de bordo como também pela forma como o ponteiro do combustível demorava mais para baixar. A obtenção da nota máxima na etiquetagem veicular do Inmetro também reforça essa melhoria no consumo.
Conclusão
O novo Chevrolet Tracker, embora externamente tenha tido mudanças concentradas apenas em sua parte frontal, é um novo carro quando dirigido. Mais potente, econômico, conectado e confortável, tem atributos suficientes para chamar os líderes Honda HR-V e Jeep Renegade para a briga.
Oferecido nas versões LT e LTZ, os preços mudaram pouco em relação aos praticados no modelo antigo, partindo de R$ 79.990 para a LT e chagando ao R$ 92.990 para a LTZ mais completa. É um preço competitivo, considerando que os lideres do segmento já praticam valores próximos aos R$ 100 mil.
Além dos dois níveis de acabamento, há cinco opções de cores: Branco Summit, Preto Ouro Negro, Prata Switchblade e as inéditas Vermelho Baroque e Cinza Graphite. A garantia é de três anos.
Por Marcelo Queiroz, direto de Detroit (EUA)
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