O Grupo francês PSA, controlador de Peugeot e Citroen, comprou a unidade Opel da General Motors em uma transação avaliada em 2,2 bilhões de euros (2,3 bilhões de dólares), criando a segunda maior montadora da Europa.
A combinação deverá gerar economias anuais de 1,7 bilhões de euros até 2026. A PSA espera tirar a Opel do prejuízo e voltar ao lucro até 2020 com margem operacional de 2% até 2020 e de 6% até 2026. .
O acordo inclui a Opel, com sede na Alemanha, e a a Vauxhall no Reino Unido, bem como o braço financeiro da unidade da GM. O banco BNP Paribas SA vai comprar 50 por cento do divisão financeira da Opel por cerca de 450 milhões de euros.
A GM, que é proprietária da Opel há quase 90 anos, optou por vendê-la depois que a divisão falhou em sua meta de parar de perder dinheiro em 2016. Desde 2009 a Opel já deu prejuízo acumulado de cerca de US $ 9 bilhões.
A PSA aposta que as cerca de 1,2 milhão de vendas anuais da Opel vão solidificar sua recuperação e ajudar a diluir custos de desenvolvimento de novos veículos. São prováveis cortes de empregos e de produção, uma vez que as duas empresas oferecem um portfólio semelhante de modelos em mercados de alta demanda, como Alemanha, França e Reino Unido.
Para a GM, vender a Opel significa uma despesa adicional entre US $ 4 bilhões a US $ 4,5 bilhões, pois terá que pagar parte das despesas de pensões dos funcionários da Opel, e pagará ainda à PSA cerca de 3 bilhões de euros para liquidar certos planos de aposentadoria. Ainda assim, o negócio liberará cerca de US $ 2 bilhões em dinheiro, que a GM planeja usar para recomprar ações.
O acordo reinstaura o grupo PSA como o segundo maior fabricante de automóveis da Europa depois do Volkswagen Group, empurrando-o à frente da Renault após um declínio constante na participação de mercado nos últimos anos.
O atual CEO do Grupo PSA, Carlos Tavares, simplificou as operações do conglomerado após o resgate feito em 2014 pelo Estado francês e pela Dongfeng Motor Corp, da China. O foco agora é de crescimento. Sua visão para uma combinação de PSA e Opel é criar um "campeão europeu" cortando custos, combinando esforços de desenvolvimento e explorando o apelo da engenharia alemã.
Com a adição da Opel, a PSA controla 16% do mercado automóvel europeu, colocando-o atrás apenas dos 24 por cento da Volkswagen.
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