Se você ainda pensa que o Toyota Corolla é um sedã médio feito para “tiozinho”, está certo. Mas por outro lado, basta escolher a opção da carroceria preta, rodas pretas e adotar um aerofólio discreto na traseira para perceber que o modelo pode oferecer diversão e beleza jovial. Líder absoluto de emplacamentos no segmento, o Corolla já está nas concessionárias de todo o Brasil como linha 2018, visual atualizado e preços que variam entre R$ 69.690 (para frotistas e deficientes físicos) e R$ 114.990 na versão topo de linha. Quer mais? A marca resgatou a versão XRS (odiada por tantos – pela transmissão CVT, amada por outros).
Os novos preços são justificados pela tecnologia embarcada: agora, o carro tem controles de tração e estabilidade, além de assistente de rampa e sete airbags (dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista). Esses recursos estão presentes em todas as versões.
Durante o lançamento do modelo, realizado nesta sexta-feira, 17 de março, em São Paulo, dirigimos a versão XRS que acrescenta acabamento interno na cor preta, defletor traseiro com luz de freio de led, saias laterais, frontal e traseira, ponteira do escapamento cromada, faróis dianteiros de led com regulagem de altura e rodas diamantadas de 17” com acabamento preto brilhante. O bloco é o bom e velho 2.0 de 154 cv e 20,7 kgfm acoplado a transmissão CVT que simula sete velocidades.
Sem choro nem vela
Na pista de testes, o sedã foi colocado à prova. Nada além do que já conhecíamos do desempenho, mas desta vez a ideia era abusar nas curvas fechadas para ver do que os sistemas eletrônicos eram capazes de fazer pelo motorista. Você deve estar pensando: mas em um circuito a ideia é desligar todos os assistentes. Sim, mas nós fizemos isso a partir da quarta volta (afinal, não iríamos sair de lá sem dar boas risadas em cada escapada).
Saída dos boxes, momento de fazer a primeira volta para reconhecimento de pista e, claro, aquecer os pneus. Antes da primeira curva de acesso decido parar o Corolla e sair “rasgando” para sentir o bloco em ação. Já na entrada da primeira zebra do Kartódromo Internacional Aldeia da Serra o coeficiente de atrito dos pneus com o asfalto é escandalizado. O sedã se mantém firme e não requer esforço no contra-esterço. Mérito da suspensão – que mantém o esquema McPherson na dianteira e semi-independente por eixo de torção na traseira, mas que acaba de ganhar novos materiais de amortecimento, e também da tecnologia que não deixa o motorista se perder (sobretudo se o asfalto estiver molhado).
Pena ainda não haver o chamado Brake Hold, que permite ao motorista tirar o pé do freio quando o carro está parado.
Mudanças discretas, mas que fazem bem aos olhos
As alterações mais visíveis estão concentradas na dianteira, que ganhou novos faróis e grade mais afilados, além de vincos mais profundos nos cantos do para-choque. O conjunto óptico dianteiro do Corolla 2018 possui faróis de halogênio nas versões GLi e XEi, e de led, com nivelamento automático, na XRS e na topo de linha, Altis. As lanternas com luzes diurnas (DRL) estão disponíveis a partir da XEi, e todas contam com lanternas dianteiras com luz de posicionamento led.
Na traseira, as mudanças se concentram principalmente nas lanternas, que agora são de led em toda a linha e com nova disposição das luzes. De acordo com o fabricante, a lateral está com uma linha de cintura mais elevada e uniforme. A partir da versão XEi, o Corolla passa a trazer antena no estilo barbatana de tubarão e rodas de liga leve de 17”.
Ergonomia, beleza e uma central cansativa
Diferente do rival Honda Civic, que oferece um “emaranhado” de informações ao condutor, o Corolla é mais racional (como tradição). Mas isso não quer dizer que o modelo fica atrás. A reestilização fez bem ao sedã e o novo painel, as novas saídas de ventilação de formato circular e acabamento cromado provam essa preocupação.
A central multimídia das versões XEI, XRS e Altis é totalmente sensível ao toque, com tela de sete polegadas, e o ar-condicionado digital, disponível a partir da XEi, incorporou nova interface. Ainda ao lado da central está o antológico relógio digital que lembra, sempre, o acessório do Del Rey. E o condutor e passageiros ainda podem ouvir músicas via CD. Se você acha estranho, saiba: é sempre melhor sobrar itens internos do que faltar.
Apesar do bom acabamento, excelente ergonomia e posição ao dirigir, o volante ainda parece não “vestir” a cabine. Assim como uma direção da Chevrolet Captiva, é grande e destoa do novo painel. Talvez um volante de base achatada fosse muita ousadia para a engenharia Toyota, por outro lado, um raio menor faria bem ao visual e à “pegada” sobretudo ao realizar pequenas manobras.
O sistema de som é mediano. Não está abaixo para a proposta do segmento, mas também não se compara aos sistemas adotados pela Audi, por exemplo. Para um carro na faixa dos R$ 100 mil o conjunto sonoro merecia mais destaque. O novo Corolla vem equipado com quatro alto-falantes e dois tweeters, mas falta potência. Basta elevar o nível sonoro para perceber que o ruído e a defasagem dos níveis médios e agudos aparecem com força. No entanto, graves tocam “à moda da casa”. Quem comanda tudo é a central, vista no modelo Hilux. Assim como na picape, a tela é descalibrada e oferece simplicidade ao encontrar informações. Só que não há rapidez. Tanto o pareamento quanto o GPS são atividades que necessitam de paciência do condutor. O software precisa ser atualizado e, talvez, também seja o caso de expandir a memória do sistema. Outra vez, para um sedã nessa faixa de preço, se não corrigir tais falhas a concorrência fica acima.
Incômodo também está na posição da central multimídia. Centralizada ao painel, mas muito baixa, distrai o motorista que quer buscar informações mais precisas ao GPS. O ângulo de visão ao percorrer os olhares do para-brisa à tela pode causar descuidos. Se a tela fosse aplicada mais acima (como nos carros alemães) tudo mudaria e, claro, haveria mais segurança. Os engenheiros (novamente citando eles) irão dizer: mas nós colocamos uma tela de TFT de 4,2” ao lado dos instrumentos. Sim, e essa foi uma grande escolha. Ajuda muito durante a condução por sistema de navegação, mas ainda assim você sempre precisa recorrer a mais informações no painel.
Versões e itens de série
Toyota Corolla GLi (R$ 90.990): direção elétrica; ar-condicionado com controle manual; chave do tipo canivete com comandos do alarme integrados; computador de bordo com seis funções (consumo médio e instantâneo, indicador Eco Drive, autonomia, velocidade média, tempo percorrido, controle de iluminação do painel e da temperatura externa); coluna de direção com regulagem de altura e profundidade; hodômetro e relógio digital; sistema de som com conectividade USB, para iPod e similares, e dispositivo Bluetooth; vidros e retrovisores com acionamento elétrico; volante multifuncional.
Toyota Corolla XEi (R$ 99.990): acrescenta ar-condicionado digital; chave presencial e botão de partida do motor (novidades para a versão); espelho retrovisor interno eletrocrômico; controle de velocidade de cruzeiro; rodas de liga leve de 17”; antena barbatana de tubarão; faróis de neblina; acendimento automático dos faróis; painel de instrumentos com tela TFT colorida de 4,2”; sistema multimídia Toyota Play com tela LCD de 7” sensível ao toque e áudio compatível com DVD player, CD-R/RW, MP3, WMA e AAC e rádio AM/FM; sistema de navegação GPS; TV digital e câmera de ré; Bluetooth; quatro alto-falantes e dois tweeters.
Toyota Corolla XRS (R$ 108.990): acrescenta acabamento interno na cor preta; defletor traseiro com luz de freio de led; saias laterais, frontal e traseira; ponteira do escapamento cromada; faróis dianteiros de led com regulagem de altura e rodas diamantadas de 17” com acabamento preto brilhante.
Toyota Corolla Altis (R$ 114.990): acrescenta ar-condicionado de duas zonas (novidade); limpador do para-brisa com sensor de chuva; banco do motorista com regulagem elétrica; espelhos retrovisores com rebatimento elétrico e rodas diamantadas de 17” com acabamento na cor cinza.
Acessórios, revisões e cores
A marca disponibilizará 45 itens para o Corolla, sendo dez lançamentos. Dentre as novidades estão itens de segurança, como o sensor de estacionamento frontal e alarme ultrassônico; novo conjunto óptico com lâmpada branca para os faróis dianteiros e luzes de led para os de neblina e um gravador de vídeo digital (outro mimo).
Os acessórios originais Toyota contam com 12 meses de garantia e cobertura total da rede de concessionárias. Até os 60 mil km, o custo com revisões é de R$ 3.250. A garantia do veículo é de três anos.
Para a cor da carroceria o consumidor contará com branco perolizado, prata supernova, cinza granito, preto eclipse, vermelho granada e a nova cor marrom urban. A versão XRS será vendida apenas com os tons branco polar e preto eclipse (a nossa preferida).
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