A Renault lança nesta segunda-feira (19) duas novas versões para o utilitário esportivo Captur. Trata-se da configuração 1.6 associada à transmissão automática X-Tronic CVT de relações infinitas que simula seis velocidades e possui opção de troca manual na alavanca do câmbio. O conjunto é o mesmo utilizado no primo Nissan Kicks. No modelo da Renault, o novo câmbio é oferecido na variante Zen (R$ 84.900) e Intense (R$ 88.400).
A expectativa da Renault com este lançamento é que as versões CVT passem a representar 60% do mix de vendas da linha Captur. Até o fechamento do mês de junho, o SUV somou 3.346 unidades emplacadas.
No início do ano, quando o Captur fez a sua estreia no Brasil, as opções oferecidas eram apenas a Zen 1.6 com transmissão manual de cinco marchas e a Intense 2.0 com câmbio automático de quatro velocidades, que custam atualmente R$ 78.900 e R$ 88.490, nessa ordem.
Como anda o Captur 1.6 CVT
Equipado com a caixa CVT e o motor 1.6 SCe de 118/120 cv de potência a 5.500 rpm e 16,2 kgfm de torque a 4.000 rpm (gasolina/etanol), o conjunto mecânico do Captur é 10% menor e 13% mais leve, segundo a Renault. Como neste câmbio as polias não entram em contato com o óleo, há redução de atrito em 30%, de acordo com a marca francesa.
As primeiras impressões a bordo do Captur CVT foram positivas, já que o SUV conta com um rodar suave e silencioso. No entanto, comparando com o Kicks, o Captur tem a direção mais pesada, o que acaba se tornando um pouco incômoda na cidade.
Além disso, os 120 cv disponíveis com etanol parecem pouco para empurrar os 1.273 kg do utilitário, mesmo que sejam superiores aos 114 cv presentes no Kicks, que é mais leve com seus 1.142 kg. A resposta da receita mais refinada do Kicks está no acerto mais ágil do CVT.
Assim como nas outras configurações, o Captur oferece bom espaço interno para os passageiros traseiros. A altura em relação ao solo e os ângulos de entrada e saída garantem que o SUV passe por qualquer valeta ou buraco sem grandes problemas.
Outro ponto elogiável do SUV da Renault é a suspensão, que filtra bem as imperfeições do solo brasileiro, ainda que deixe a carroceria rolar um pouco nas curvas. Vale lembrar que o Captur utiliza aços de alta resistência em sua construção e um novo sub-chassi e suspensão na parte dianteira (com isso há uma nova estrutura de deformação, garantindo mais segurança, comprovada no teste de impacto do Latin NCap, onde o SUV alcançou quatro estrelas).
Ainda assim, o Captur 1.6 CVT é superior em relação ao 2.0 com câmbio automático de quatro marchas. O funcionamento da caixa continuamente variável, além de mais suave também é menos ruidosa e mais econômica.
Com a estreia das duas novas versões, as vendas do Captur devem subir, mas não ao ponto de incomodar os líderes ou superar o Kicks. O melhor custo-benefício da linha Captur está na configuração Zen 1.6 CVT, que chega com o preço um pouco acima das versões de entrada dos concorrentes (estes com câmbio manual). Já a Intense, mais completa, esbarra principalmente no Kicks SV Limited, que oferece melhor dirigibilidade e acabamento, com itens parecidos e preço similar (R$ 85.600).
- Zen 1.6 manual: R$ 78.900
- Zen 1.6 CVT: R$ 84.900*
- Intense 1.6 CVT: R$ 88.400
- Intense 2.0 Automático: R$ 91.400
*Itens opcionais: sistema Media Nav e câmera de ré R$ 2.500; Pintura em duas cores R$ 1.400.
Fotos: Divulgação
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