NO BAKU DOS OUTROS (1)

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RIO (péssima) – Pérez e Palmer bateram, em momentos distintos, na viela que chamam de curva 8 no circuito de Baku. Carros mais largos, zebras altas, panca certa. No ano passado, primeira corrida da história no Azerbaijão, tudo correu incrivelmente bem naque trecho — e em todos os outros. Menos para Hamilton, se não me equivoco. Ele não se achou na pista, deixando para Rosberg uma pole e uma vitória fáceis. Lewis bateu na classificação, largou lá atrás e terminou em quinto. Rosberguinho, depois de três provas ruins, venceu pela quinta vez no ano e não permitiu que o companheiro protagonizasse ali uma virada que seria desastrosa para ele.

Foi uma corrida ruim, batizada como GP da Europa em 2016 — sua estreia no calendário. Agora, é GP do Azerbaijão, mesmo. Acho bom tirar Europa do nome até porque, com todo respeito aos geógrafos, cartógrafos, comissários da ONU, professores, diplomatas e seres humanos em geral, não consigo conceber Azerbaijão, Geórgia, Armênia e Cazaquistão como países europeus, pela distância do resto do continente. Pombas, a Turquia é dividida em dois pedaços pelo Estreito de Bósforo, que separa Europa da Ásia. A porção asiática se estende para leste, encontra Síria, Iraque e Irã, e o Azerbaijão fica para lá da extremidade oriental turca. Que história é essa? A Europa deveria terminar no Estreito de Bósforo e, vá lá, um pouco mais ao norte, nos limites da Ucrânia, de Belarus e das repúblicas bálticas. Eu, por mim, enfiava até a Rússia na Ásia. Tem de ver isso aí, tá muito zoado.

Feito o protesto geopolítico, vamos aos treinos de hoje.

A Red Bull foi a surpresa, com Verstappinho em primeiro e Ricardão em terceiro. Surpresa mesmo, porque o motor não é essas coisas, e na maior reta da F-1 esperava-se que os Mercedes e Ferrari dessem as cartas. Não foi o que se viu. Dizem que Adrian Newey enfiou a mão nos carros rubro-taurinos para dar uma refinada. Aparentemente, deu certo. Mas é de bom tom esperar pela classificação, amanhã.

A amostragem não é grande coisa, porque só tivemos uma corrida lá até agora, e a Mercedes era dominante demais no ano passado — algo que não acontece neste. Mas, pelo que se viu em 2016, a classificação é muito importante. Rosberg ganhou com facilidade largando da pole, mas atrás dele também não houve muitas ultrapassagens.

Por isso, é melhor Comandante Amilton se preparar melhor, porque hoje andou mal. A Ferrari não foi espetacular, mas esteve mais para a frente do que para trás. E com a Red Bull podendo se colocar entre eles, é capaz de o inglês se dar mal em solo azeri. Acho chique, azeri.

Ah, Alonso quebrou o câmbio. Mas já vai perder um milhão de posições, mesmo, por troca de motor. Não sei como aguenta. Pelo menos o carro sai bem na foto.

alonsobaku



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