RIO (campeão é campeão) – Pietro Fittipaldi conquistou ontem no Bahrein o título da Fórmula V8, ou World Series 3.5 — essa mistura de identidades atrapalhou bem, neste ano. Um título é um título, e o neto de Emerson merece os parabéns. Mas, em nome da verdade e contra qualquer pachequismo emergente, as coisas devem ser relativizadas. O campeonato foi fraquíssimo, e ontem havia apenas dez carros no grid. O cara que lutava pela taça contra Pietro estava na pole e não conseguiu largar. O brasileiro meio que tinha a obrigação de ser campeão desse troço, com a estrutura que tinha, na equipe onde correu, e com a ausência de adversários de qualidade.
A categoria completou 20 anos e, hoje, encerra suas atividades exatamente pela falta de carros — o que dá a medida da importância do título. Já foi uma série relevante, quando tinha a Renault oficialmente como promotora. Depois que a montadora francesa se foi, o campeonato foi minguando e não se sustenta mais financeiramente. Faltam interessados.
O que Pietro pode aproveitar dessa experiência é o fato de ter andado o ano todo num carro muito potente. O que aprendeu com ele será útil onde quer que ele for correr agora. E não sei onde será. O ideal seria pular para a F-2, que ainda tem vagas e está ganhando importância pela atenção que a Liberty e a FIA estão dedicando a ela como formadora de pilotos para a F-1.
O título e o nome podem ajudar. É um bom momento para correr atrás.
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