RIO (quando vale…) – Na hora H, deu Vettel. Depois de andar na frente em todos os treinos livres, e também na classificação, Raikkonen não conseguiu segurar o alemão na última volta do Q3. Tem sido um fim de semana da Ferrari, este do Bahrein. Hamilton, já na sexta, percebeu o tamanho da encrenca vermelha e, para piorar sua vida, trocou o câmbio e entrou na pista hoje sabendo que estava fora da briga. Fez o quarto tempo, larga em nono.
E tem sido um fim de semana, também, de duas equipes surpreendentes: Haas e Toro Rosso.
A primeira fracassou com Grosjean, é verdade. Ele não passou nem para o Q2, mas se desculpou com a equipe pelo rádio. Por que sabia que tinha carro para muito mais. Tanto que, ao final do dia — ou da noite –, seu companheiro Kevin Magnussen era o sexto no grid. E o quinto? Pierre Gasly, tororrôssico que levou a Honda ao Q3 e parte amanhã da terceira fila, um resultado excepcional. Seu parça Hartley não foi tão bem, mas larga em 11º. O que está longe de ser ruim.
Ruim, mesmo, foi a Williams. Da Sauber, já não se esperava grande coisa mesmo no ano. Mas da Williams… Jogar âncora nas últimas posições com tanta convicção já na segunda prova da temporada é muito pior que a encomenda. Eu achava, mesmo, que o time iria despencar lá para o fundão. Mas pensava que iria brigar com Toro Rosso e Haas, deixando a Sauber para trás. Que nada. Toro Rosso e Haas estão lá na frente. A Sauber é que ganhou companhia. Sirotkin ficou em 18º; Stroll, em último no grid.
A coisa vai ferver para o lado de Grove, porque são dois pilotos pagantes que, como todo menino mimado, se acham no direito de exigir. Lance, filhote de papai rico, já começou a dar piti na Austrália. Sergey, que chegou agora, é mais quietinho. Mas daqui a pouco começa a estrilar, também. Porque seus financiadores russos não são exatamente um primor de educação.
E quer saber? Bem-feito. A escolha de pilotos feita pela Williams foi desastrosa. Dois novatos sem nenhuma experiência e talento duvidoso. E a incompetência de todos no campo técnico é visível. O carro é uma bomba. “Está tudo errado”, falou Stroll. “Minha volta de classificação no ano passado foi quatro décimos melhor que a de hoje.” Durma com um barulho desses, dona Claire. Dinheiro não é tudo.
No mais, a Force India deu sinal de vida, com Ocon em oitavo, e a McLaren decepcionou, estacionando no Q2 com Alonso e Vandoorne. E a corrida? Está no jeito para a Ferrari. A Mercedes parece meio atrapalhada, e a Red Bull se atrapalhou com Verstappen, que bateu no Q1. Só o time italiano dá a impressão de viver um fim de semana totalmente tranquilo e com as coisas sob controle. E quando é assim, geralmente ganha.
Estou gostando de ver.
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