LEGIÃO URBANA

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MOSCOU (jardim de infância) – Se eu tivesse de levar esta seção em ritmo normal nesses mais de 40 dias de Rússia, talvez o blog não tivesse espaço para tanta coisa que vi por aí. Depois da primeira semana, deparar-me com Ladas e seus parentes soviéticos passou a ser uma rotina, e a eles dediquei muito mais meu olhar apaixonado que a lente da câmera do celular.

Mas hoje decidi dar uma caminhada atrás de um carro específico, esse Ladinha branco com quatro faróis que via todas as noites quando voltava para casa. Fiz o caminho até o metrô a pé e conheci o dono, o velhinho que cuida do estacionamento onde ele passa seus dias, entrei no carro, tiramos fotos juntos, foi uma farra — num idioma desconhecido que parecia uma mistura de russo com inglês, mas todos se entendiam perfeitamente.

Então segui a pé até a estação que me levaria ao trabalho e no trajeto dei com esse hatch azul cujo modelo, Oda, eu não conhecia. E olha que gosto dessas coisas… Achei até que faltava um “F” ali, fiz as fotos, depois fiz outras, e mais outras, selecionei algumas e aí estão. Ah, em tempo: Oda é um modelo da Moskvich.

São só registros rápidos num trechinho de não mais do que 1 km numa via paralela a uma grande avenida, que serve de estacionamento para os moradores de um enorme bloco residencial perto de onde estamos hospedados. Os mais afoitos, que circularam apenas pelo centro rico de Moscou, hão de dizer que carros soviéticos não existem mais, e que a turma aqui só anda de Audi, Porsche, Mercedes e coreanos em geral.

Não é assim, porém. Felizmente.



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