Hamilton soberano: para muitos, a caminho de se transformar no maior de todos os tempos
RIO (na mosca) - Acho que queimei a foto mais legal de ontem, que era o Vettel com cara de derrotado no pódio pensando na morte da cabrita. Mas não tem problema, porque isso nos permite destacar aquele que, afinal, é o grande destaque do ano. E, de noite, essa pintura da Mercedes fica particularmente bela.
Não há como não rasgar elogios a Lewis após a sétima vitória na temporada, 69ª na carreira. O caminho do penta está traçado, e agora suspeito que os fãs mais empedernidos da F-1 ficarão muito atentos às duas próximas temporadas, aquelas em que o inglês terá condições concretas e palpáveis de chegar aos sete títulos de Schumacher. Isso porque é o prazo estipulado para o fim desse regulamento atual, tanto aerodinâmico quanto de motores. A data marcada para o nascimento de uma nova F-1 é 2021. Até lá, é justo acreditar que nada vai mudar tão radicalmente em relação ao que vem acontecendo desde o início da era híbrida. E se nada mudar radicalmente, a Mercedes vai continuar ganhando, e quem ganha na Mercedes é Hamilton.
Mas chega de futurologia. Vamos ao rescaldão do GP de Singapura, hoje no prazo.
A FRASE DE MARINA BAY
Magnussen: melhor volta
“A gente sabe que não vale muita coisa, talvez apenas um sorriso.”
Kevin Magnussen, que fez a melhor volta da corrida e se tornou o 130º piloto da história a registrar tal feito em um GP. Curiosidade: dessa lista, 48 fizeram volta mais rápida apenas uma vez na carreira. E entre eles há alguns que, juro, nem lembrava que tinham conseguido: Gugelmin, Nakajima, Boutsen, Gachot, Moreno, Wurz, Irvine, De La Rosa, Trulli, Glock, Sutil, Petrov, Kubica, Kobayashi, Grosjean, Bruno Senna, Gutiérrez e Kvyat.
Pobre Magnussen, que de relevante na prova, mesmo, nada pôde fazer. A Haas deixou de pontuar pela segunda vez seguida, enquanto a Renault, com quem briga pelo quarto lugar depois que tungaram os pontos da Force India, marcou nove. A diferença pró-franceses foi a 15 pontos — 91 a 76.
Pode parecer briga de segunda divisão, mas vai dizer isso para os tesoureiros das equipes… A premiação que os times recebem em função de sua classificação final é parte importante do orçamento para a temporada seguinte. E de quarto para quinto, essa diferença esbarra na casa dos 3 milhões de trumps. Não é pouca coisa, não.
O NÚMERO DE SINGAPURA
É infalível. Em todas as 11 edições do GP de Singapura foi necessária a entrada do safety-car. O país recebeu seu primeiro GP em 2008 e, desde lá, foram 15 intervenções do carro de segurança para resolver problemas criados pelos pilotos e/ou seus carros. Na prova de ontem, o safety-car foi acionado logo na primeira volta para remover os restos mortais da Force India de Esteban Ocon, abalroado por seu mui compañero Sergio Pérez.
Estou aguardando o cartum do nosso Maurício Falleiros e daqui a pouco entro em estúdio para gravar o “Fox Nitro” de hoje. De noitinha volto aqui para completar nosso sempre aguardado textão pós-GP.
É jogo rápido, prometo.
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