INDY IN RIO

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RIO (sim, aqui mesmo) – O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, recebeu hoje um pessoal da Indy  e prometeu uma corrida aqui para 2020. O local escolhido é o Sambódromo, para um circuito que usaria também avenida Presidente Vargas e vias próximas. O alcaide neopentecostal fala em retorno de 150 mihões de têmeres-golpistas para a cidade e criação de cinco mil empregos temporários. Ambos os números são chutados. Nenhum estudo sobre o assunto foi realizado. Carlo Gancia, representante da categoria no Brasil, disse que o que houve hoje foi uma “conversa inicial” e que até junho do ano que vem é preciso assinar um contrato para que a prova seja viabilizada.

A Indy já esteve aqui antes, de 1996 a 2000, num palco apropriado — o oval de Jacarepaguá, que era bem bacana. Depois, voltou ao país de 2010 a 2013 em outro Sambódromo, o do Anhembi em São Paulo. Em 2015, a prova seria realizada em Brasília, mas acabou sendo cancelada.

A pergunta básica — quem paga a conta? — não foi respondida, claro. Meu palpite é que não vai rolar. Aliás, é o mesmo do carioca da gema Rodrigo Mattar. O Rio está quebrado. Se tiver de sair um centavo dos cofres públicos, receio que haverá grande resistência. Mas essa corrida, podem crer, contará com o apoio dos evangélicos. Como Crivella é da turma que chuta a santa, nos cultos espalhados pela cidade os pastores não vão dizer que Ganassi, Andretti e Penske são coisas do capeta, ao contrário. Glória a Deus para eles. Quem sabe podem ajudar a arrecadar o necessário com uma parcela do dízimo que cobram dos fiéis.



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