RIO (todo respeito) – Não é muito minha praia, mas como não registrar os 50 anos do Opala? Meu pai teve dois, um 1975 vermelhão-quase-laranja cupê, ainda com as lanternas redondas atrás; o outro, um quatro portas prata, câmbio na coluna, já com faróis quadrados — me ajudem, opaleiros, não sei em que ano essas mudanças estéticas foram feitas.
Por incrível que pareça, não tenho registrado na memória o primeiro carro que dirigi na vida. Por “dirigir”, entenda-se tirar do lugar sozinho, na garagem. Pode ter sido um Fusca bege, não sei por que lembro vagamente de um Fusca bege. Mas é bem provável que tenha sido esse Opala vermelho, mesmo. Foi com ele, também, que viajamos para o sul do Brasil em 1976 e foi nessa viagem que me apaixonei por DKWs. E foi com esse prateado quatro portas que saí de carro pela primeira vez com uma menina, em Campinas. Eu tinha 16 anos e aproveitei que meus pais estavam viajando. “Roubei” o carro e fui até um barzinho na Cidade Universitária com ela, onde bebi um Alexander, ou um Campari — um dos dois, certeza.
Naquela época, menor de idade dirigia em cidades do interior sem muitos problemas. Acho que em capitais, também. Era tão errado quanto sempre foi, não tenho desculpas.
De qualquer forma, não é minha praia mas, como se vê, Opala faz parte da minha vida. Todas as homenagens do mundo ao velho Opel, pois.
(Acabei de ligar para meu pai e pedi a ele para procurar fotos dos dois. Assim que eles me mandarem — minha mãe vai fotografar a foto, vamos ver no que dá essa operação –, coloco aqui. Por enquanto, fiquem com essa aí embaixo apenas a título de ilustração. E contem suas histórias com Opalas, são sempre vem-vindas.)
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