2018, DIA #8

RIO (empacota tudo) – Terminou a pré-temporada, com a Mercedes tirando o pé e a Ferrari mostrando força, assim como a Red Bull. Raikkonen fechou na frente o oitavo dia de testes de Barcelona, com sol e calor para os padrões de inverno na Europa — a temperatura chegou a 20°C, nem parecia que semana passada estava nevando, maluquice total. Seu melhor tempo hoje foi cronometrado em 1min17s221, e Fernando Alonso foi o segundo.

Um alento para a McLaren, que de manhã teve problema no turbo e fez o espanhol ficar esperando a troca de motor nos boxes. Mas um P2 para encerrar os trabalhos sempre anima os envolvidos. Sainz Jr. em terceiro também fez a Renault abrir um sorriso, assim como Ricciardo em quarto.

Nada, nada, três motores franceses entre os quatro primeiros no último dia. É animador, embora seja de bom tom todos fincarem o pé na realidade, porque os prateados tiraram os dois últimos dias apenas para simular corrida, e nessa condição Hamilton virou muitas voltas na casa de 1min19s usando pneus mais duros que a maioria.

A Mercedes, aliás, não se entendeu muito bem com os compostos mais macios, que fizeram bolhas indesejáveis. Mas com os compostos menos gosmentos, o ritmo do carro é muito forte e constante. Algo que o time terá de tentar entender nas duas semanas até a abertura do Mundial, dia 25 na Austrália.

Foi bem de novo a Toro Rosso, com trocentas voltas completadas e sem relatar nenhum problema de motor. Um milagre, quase, pois é o início de trabalho com a Honda, problemática nos últimos três anos e agora, aparentemente, navegando em águas mais tranquilas sem a pressão de time grande que a McLaren impunha.

A esquadra de Faenza, ao lado da Haas, que se recuperou bem na última semana de um início claudicante, foi a surpresa da pré-temporada. A Force India, muito discreta, também surpreendeu, mas negativamente. Não dá pinta de que vá repetir o incrível quarto lugar entre os construtores que conseguiu em 2017.

Na rabeira, a Williams parece ter gostado das últimas posições e será um espanto se conseguir algo notável em Melbourne. O mais provável é que brigue com a Sauber para não segurar a lanterna. Parte da responsabilidade por isso é da escolha dos pilotos. Muito jovens e inexperientes, Stroll e Sirotkin não têm muito a oferecer quando se fala em desenvolver um carro. O preço será pago ao longo das 21 etapas do campeonato, podem ter certeza.

E as cartas estão na mesa. Agora, é contar os dias.



Leia Mais.