O JEJUM

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SÃO PAULO (sim, já) – 13 de setembro de 2009. Em Monza, Rubens Barrichello vence o GP da Itália com a Brawn. É a 101ª vitória de um piloto brasileiro na F-1. A centésima, alguns meses antes, fora dele, também.

Depois disso, não se escutou mais “ouviranduipiranga” no pódio.

Domingo, esse jejum completou 2.458 dias, empatando com a maior estiagem de vitórias brasileiras na categoria — entre os GPs da Austrália de 1993 e da Alemanha de 2000. Curiosamente, quem acabou com aquela seca foi o mesmo que iniciou a atual: Barrichello.

Assim, vocês já devem ter notado que desde ontem, segunda-feira, passamos a viver o maior período da história sem vitórias brasileiras na F-1 desde que Emerson Fittipaldi ganhou um GP pela primeira vez, em 1970.

Nada indica que a espera vá terminar logo, a julgar pelas possibilidades dos dois Felipes atuantes na Williams e na Sauber. Em condições normais, nenhum deles vai ganhar corridas nos próximos meses. Massa talvez encerre a carreira sem voltar ao conhecido degrau mais alto do pódio — é um horror, a expressão; mesmo assim a gente usa direto, e às vezes substitui por “olimpo”, o que é ainda pior. Nasr, desconfio, jamais chegará ao degr… digo, ao olimpo.

Blergh.

Muitas vezes me perguntam qual a maior vitória que já vi na F-1, e normalmente respondo que foi aquela de Barrichello em Hockenheim — que teve, também, um lance meio particular por conta da narração da última volta na rádio onde eu trabalhava. É possível que já tenha visto outras tão espetaculares, ou mais. Mas para abreviar a conversa, digo que foi essa, mesmo — porque também é possível que tenha sido. de verdade, a mais espetacular de todas; e se não foi, chegou perto.

E vocês, aí desse lado? Qual a vitória mais sensacional que viram na F-1? Melhor, e refinando a busca: qual das 101 vitórias brasileiras foi a mais legal e maravilhosa e espetaculosa e marcante e inesquecível de vossas vidas?

Aliás, vou dar uma canja: façam uma lista de cinco. A minha tem Hockenheim/2000, Suzuka/1990, Brasil/2006, Brasil/1975 e Brasil/1991. Fui generoso com quase todo mundo: Barrichello, Piquet, Massa, Pace e Senna.

Agora, divirtam-se.



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