Fiat 500 Cabrio é o conversível mais em conta do Brasil, mas está longe de ser barato

O atual Fiat 500 desembarcou no Brasil em 2009, dois anos depois do seu lançamento na Europa (quando estreou como uma releitura moderna do clássico compacto vendido pela marca italiana entre 1957 e 1975), onde fez sucesso imediato – superou a expectativa de 160 mil vendas para 400 mil unidades no primeiro ano).

Por ser importado da Polônia, o 500 foi posicionado como “compacto de luxo cult” , contrariando a história popular de seu antecessor. Na época, os seus preços variavam entre R$ 62.870 e R$ 68.970, colocando-o como concorrente de outros modelos de nicho e de visual retrô, como Chrysler PT Cruiser, Mini Cooper, Volkswagen New Beetle e até mesmo o subcompacto smart fortwo. Os Cinquecentos poloneses eram equipados com o moderno motor MultiAir de 1.4 litro de 16 válvulas a gasolina, que gerava 100 cv de potência e 13,4 kgfm de torque.

Como era de se esperar para um carro tão pequeno e de um segmento restrito, as vendas não embalaram. O 500 emplacou apenas 2.200 em seus primeiros dois anos no Brasil e estava fadado ao fracasso. A reação da Fiat foi importar as versões Cult fabricadas no México, equipadas com o conhecido motor 1.4 EVO flex de 88 cv de potência (com etanol) herdado dos primos Palio e Uno. O “downgrade” permitiu ao pequeno encarar modelos mais baratos, na faixa dos R$ 40 mil.

A adoção do motor mais simples surtiu efeito e as vendas do 500 chegou a superar 1.000 unidades mensais, fechando 2012 com 15.922 emplacamentos. Dois anos depois, o bloco 1.4 EVO chegou à variante conversível, anteriormente disponível apenas com o 1.4 MultiAir.

Embora seja o conversível mais acessível do país, o 500 Cabrio (a partir de R$ 67.900) é uma figura rara em nossas ruas. Embora o Brasil seja repleto de belas praias e tenha clima agradável em quase todo o seu território, a vocação do compacto é mesmo urbana. O 500 Cabrio é fácil de manobrar e encontrar vagas para as suas dimensões diminutas é uma tarefa tranquila – daí o motivo para as fotos no estacionamento de um shopping na Grande São Paulo.

Apesar do visual carismático e do porte reduzido, o 500 Cabrio tem comportamento agradável. O motor 1.4 de 85/88 cv (gasolina/etanol) é disposto para empurrar os 1.105 kg do carro, embora o câmbio automatizado Dualogic de cinco velocidades limite o seu desempenho em algumas situações. A transmissão dá alguns trancos, que são atenuados conforme o motorista se acostuma com o carro e alivia as acelerações antes das trocas de marchas. O modo sequencial, que permite trocas na alavanca e nas borboletas atrás do volante, também minimiza esse incômodo. Durante os nossos testes, o consumo do 500 Cabrio com etanol foi de 7,8 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada.

Uma característica do 500 é a suspensão com acerto mais durinho, que destoa da moleza típica dos modelos da Fiat. Esse rodar mais firme do compacto castiga um pouco os ocupantes em ruas muito esburacadas, mas garante boa estabilidade ao carrinho em curvas.

Ao entrar no 500 fica evidente que ele não é um carro familiar ou para quem leva passageiros com frequência. O acesso ao apertado banco traseiro (com ganchos Isofix para cadeirinhas infantis) não é dos mais fáceis, enquanto o porta-malas leva apenas 190 litros de bagagem (153 litros com a capota aberta).

De série, o 500 Cabrio é equipado com ar-condicionado, direção elétrica, sensor de estacionamento, computador de bordo, rádio com CD, MP3 e AUX, apoio de braço para o banco do motorista, trio elétrico, volante com regulagem de altura, rodas de liga leve 15 polegadas, além dos obrigatórios freios ABS e duplo airbag. Os opcionais ficam por conta do sistema de som premium Beats com conexões Bluetooth e USB e o volante multifuncional revestido de couro, disponíveis em um pacote de R$ 4.049, que eleva o preço do 500 Cabrio a exagerados R$ 71.949.

Em mercados desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa, o 500 é posicionado como modelo de entrada e ainda dispõe de visual atualizado e tecnologias mais modernas. Por aqui ele é, infelizmente, para poucos (endinheirados apaixonados pelo modelo ou aqueles que buscam um conversível estiloso e bem equipado). Ainda assim, o 500 Cabrio é o conversível mais baratos à venda no Brasil (confira na galeria abaixo outros modelos de teto retrátil vendidos oficialmente no país).

O conversível mais barato do Brasil é o Fiat 500 Cabrio,  que custa R$ 67.900. Ele conta com o motor 1.4 de apenas 107 cv, mas esbanja estilo. O único Mini conversível disponível no Brasil é o Cooper S Roadster, que custa R$ 140.333. Estilo e desempenho andam juntos neste compacto de 180 cv. O Peugeot 308 CC utiliza o motor 1.6 THP de 165 cv e custa R$153.790 O BMW Série 4 Cabrio é vendido em duas versões equipadas com o bloco 2.0 turbo. Porém, o modelo de entrada tem 180 cv e custa R$ 216.450, enquanto a topo de linha cobra R$ 249.450 por 245 cv. O Mercedes-Benz SLK é oferecido em quatro versões no Brasil: a 250 Turbo com o bloco 1.8 turbo de 204 cv por R$ 246.500; a 300 2.0 turbo com 248 cv  ao preço de R$ 254.900; a  SLK 55 AMG V8 5.5 421 cv por US$ 192.900 e a SLK 55 AMG modelo 2016 que sai por US$ 194.900 -- esses dois últimos podem ter o preço em real alterado devido à cotação do dólar. Com o bloco V8 de 6.2 litros de 406 cavalos, o Camaro conversível é um carro inconfundível. Seu preço é de R$ 246.590. O Audi A5 Cabriolet reúne o conforto do sedã com o estilo do conversível. Sob o capô traz um motor 2.0 de 225 cv e custa R$ 248.190. O motor 2.0 turbo de 184 cv é o mesmo do sedã 320i, mas as linhas do BMW Z4 transmitem muita emoção. O modelo custa R$ 229.450. O Audi TT Roadster é a cara do irmão maior R8 Spyder e conta com motor 2.0 turbo e 230 cv e custa R$ 249.900 O Porsche Boxster está disponível em três versões no Brasil, todas equipadas com motor boxer de seis cilindros, com potências variando entre 265 cv e 330 cv, sendo que o preço vai de R$ 365.000 na versão de entrada e R$ 454.000 para a topo GTS Considerado um dos carros mais bonitos do mundo, o Jaguar F-Type também tem sua versão sem teto no Brasil. Os preços variam entre R$ 436.300 para o V6 de 340 cv e R$ 608.900 para o nervoso V8 de 495 cv O poderoso BMW M4 Cabrio garante diversão com o motor de seis cilindros de 3.0 litros turbo de 431 cv e custa R$ 509.950. A Porsche é a marca que mais investe em conversíveis no Brasil. Além das três versões do Boxster, há seis do 911, que variam entre 350 cv e 560 cv, com preços entre R$ 684.000 e R$ 1.244.000 O Mercedes-Benz SL é vendido em duas versões, ambas com preços cotados em dólar. A primeira,a SL 400, entrega 333 cv e custa US$ 222.900. Enquanto a nervosíssima SL 63 AMG tem 564 cv e custa US$ 302.900 O Aston Martin Vantage Roadster V8 420 cv sai por  US$  347.000, enquanto a versão mais poderosa, com motor V12, sai por US$ 452.000 O Audi R8 Spyder conta com um motor de 5.0 litros V10 de 525 cv. O alemão custa R$ 912.190 O Aston Martin DB9 Volante sai por US$ 530.000 O Maserati GranCabrio supera a barreira do milhão, custando R$ 1.100.000. O superesportivo conta com 450 cv de diversão A Ferrari California T custa R$ 1.880.000 e o seu motor V8 gera 460 cv O nome é grande: Bentley Convertible Continental GT V8 S, mas a potência também, uma vez que são 528 cv. O preço também é superlativo: US$ 511 mil. Aston Martin Vanquish Volante traz um grande motor V12 de 470 cv e custa US$ 870.000 Pelo estilo, a Ferrari 458 Spider com motor V8 e 569 cv cobra R$ 2.500.000 O Rolls-Royce Phantom Drophead Coupé V12 tem apenas uma unidade no Brasil que custa R$ 3.600.000, mas há um detalhe: o modelo é 2009/2010 Para marcar a despedida da 458, a Ferrari criou a 458 Speciale A com 499 unidades, sendo que apenas duas vieram para o Brasil. O motor é um  V8 de  605 cv, enquanto o preço é de R$ 3.400.000,00 Lamborghini Aventador Roadster, o conversível mais potente vendido no Brasil também é o mais caro. São necessários R$ 4.500.000 para contar com o bloco V12 de 700 cv.

Fotos: Renan Rodrigues e Divulgação

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