Foto de Ulisses Cavalcante
SÃO PAULO – Os carros ficavam mais belos quando fotografados por ele. A luz, o ângulo, o cenário, o movimento, tudo era pensado e executado com o olhar de alguém que não era nada menos do que um artista.
Um homem doce, apaixonado, dedicado, três décadas de “Quatro Rodas”, rodando o mundo para registrar imagens daquilo que mais amava, os carros e o automobilismo.
Quase todos os carros que você viu na vida foram clicados por Marco de Bari, que morreu hoje aos 53 anos depois de um acidente na última terça-feira. Ele e seu assistente Daniel Guedes Dionizio foram atingidos por uma estrutura metálica que desabou no estúdio Casa Vaticano, na zona oeste de São Paulo. A empresa pertence à família Burti. Daniel teve uma perna esmagada e segue internado em estado grave.
Marco fotografou dois carros meus, o Fissore e o SAAB. Uma honra para os dois. Era detalhista, caprichoso, respeitoso com o objeto de suas lentes. Não tinha pressa. A cada clique, um breve sorriso. A cada sorriso, um novo clique. Buscava algo próximo da perfeição.
Em geral, conseguia.
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