Não precisa ser apaixonado por carros para admirar algumas marcas famosas, especialmente aquelas que têm legítimos esportivos que vendem mais sonhos do que carros.
É o caso da Porsche, nome tradicionalíssimo no mundo das quatro rodas, que fabrica modelos imortais como o “Nine-Eleven” (911). Quem não gostaria de ter um Porsche na garagem?
Na minha profissão, não é sempre que tenho um pedido de avaliação ou procura de carros exclusivos como esses. Mas, de vez em quando, aparecem alguns entusiastas que podem se dar esse luxo.
Há alguns dias, um cliente aqui de São Paulo pediu para eu avaliar um Porsche Cayman 2010, que ficaria com a irmã dele em uma cidade do interior. O carro em questão é um modelo de entrada da marca alemã, junto com o Boxter. Mas nem por isso os dois deixam de ser interessantes, afinal, são Porsches!
Os dois são pequenos esportivos de dois lugares, sendo que a diferença entre eles está basicamente na capota (fixa no Cayman e conversível no Boxter), além do motor ligeiramente mais potente no primeiro.
A ficha técnica informa 265 cv de potência no Cayman. Número respeitável, mas que qualquer SUV com motor 6 cilindros consegue superar. E aqui começa a questão começa a ficar interessante, pois já ouvi de algumas pessoas que o Cayman é “manco”. Ou seja: é fraco, anda pouco, tem um baixo desempenho.
Para começo de conversa, a relação peso/potência é de apenas 5,3 kg/cv. Portanto, a potência é mais do que suficiente para simples mortais poderem se divertir. Fora isso, toda dinâmica do carro foi pensada para performance: o motor é central traseiro para melhor distribuição de peso entre os eixos, os freios são enormes discos ventilados e perfurados nas quatro rodas, a suspensão é independente nas quatro rodas e o câmbio é o fantástico PDK, do tipo automatizado com dupla embreagem e 7 marchas. Portanto, meu amigo, é impossível que o Cayman seja “manco”!
Na avaliação que fiz, achei algumas falhas imperdoáveis em um carro desse porte. Por exemplo: o botão que abre o capô e o controle da regulagem de um dos difusores de ar estavam quebrados. Avalio muitos carros usados e poderia até considerar isso normal, mas em um carro tão caro e com pouco uso, não posso tolerar.
Esqueci dessas “bobagens” assim que virei a chave no contato (do lado esquerdo, como manda a tradição) e o motor boxer …
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O post Faz sentido ter um carro esportivo? O Caçador de carros responde! apareceu primeiro em Carsale.