A Ponte Estaiada foi palco do Teresina Moto Week, e dia 15 de maio coincidiu do local receber tanto os veículos da velha guarda quanto as esportivas de duas rodas. Começando pelos clássicos, o dia não reuniu tantos carros, mas foi possível observar todos sem pressa, a começar por este Chevrolet Bel-Air de 1953, com pintura em dois tons (verde e branco), carregando em seus cromados o charme dos anos dourados da indústria automotiva norte-americana.
Os Fuscas se reuniram em peso – seja dos anos 1960 ou já da época “Itamar”, em variadas cores e personalização, os besouros dominaram a porção norte do estacionamento da ponte.
O Opala de Luxo 4100 representava a primeira fase do modelo cupê no Brasil, conservando detalhes clássicos como os cromados circundando os arcos dos para-lamas e os pneus com uma fina banda branca. E, no interior, o ar-condicionado é uma comodidade muito bem-vinda neste clima teresinense… Trata-se de um exemplar de 1974, justamente o ano no qual passou por uma reestilização.
Já o Impala 1960 remete à época dos automóveis full-size norte-americanos, carregando inspirações aeronáuticas, como nas aletas do capô, no adorno nas portas traseiras, no formato das lanternas e nos rabos-de-peixe.
Outro Opala – ano 1979 – representava a segunda fase do cupê em nosso mercado, com a atualização que abrangeu frente e traseira, além de detalhes de acabamento. Interessante é notar que a tonalidade da cor da carroceria é similar à adotada no interior…
Outros carros nem são tão antigos assim, mas permanecem admiráveis. O Land Rover Defender 90 com pintura em dois tons é um dos modelos off-road mais admirados em todo o mundo, e o BMW 328i causou sensação na época em que foi lançado no Brasil, ainda envolto pela magia da abertura das importações em nosso mercado automotivo.
O Volkswagen Passat de 1981 (modelo 82), em sua fase “quadrada”, trazia um visual mais antenado às tendências de época, que abandonavam os faróis redondos e reduziam o uso de cromados em prol de peças plásticas. Havia o Passat “3-portas”, com tampa traseira integrada à vigia traseira e acesso ampliado ao compartimento, porém o modelo das imagens conta com a abertura tradicional.
Já o arquirrival do Opala, o Ford Maverick, apareceu em sua versão Super Luxo de 1977, era adornado com plaquetas identificadoras da versão, calotas cromadas, volante de dois raios, frisos cromados na grade e na traseira, além de bancos revestidos em curvim.
Em ótimo estado de conservação, o Fiat 147 L completa em 2016 40 anos de lançamento no Brasil. Este exemplar é de 1980, restaurado conforme todas as especificações de época, incluindo aí o rádio. A despeito das dimensões compactas, as linhas retas proporcionavam bom aproveitamento de espaço, assim como o estepe no cofre do motor.
E o Dodge Dart 1971 representava o requinte do início da era Chrysler estabelecida no Brasil, com suas quatro portas (de aceitação restrita naqueles tempos), teto de vinil e calotas cromadas. A despeito dos bancos inteiriços e do visual sóbrio, o motor é um 5.2 V8, que lhe conferia desempenho não muito distante ao do Charger R/T.
E as motos? Bom, elas estiveram em peso: reunidas, Hayabusa, Ninja, Fireblade, Transalp e outros modelos eram como colírio aos olhos dos presentes… Mas nossa preferida é a estradeira Honda Gold Wing (obviamente por ser a mais próxima de um automóvel), presente inclusive em sua edição de aniversário de 40 anos, limitada a 40 unidades. Confira mais imagens abaixo: