O caso da publicitária de 31 anos que sofreu um sequestro-relâmpago no início do mês na Vila Olímpia, após realizar a solicitação de um motorista particular, além de incidentes anteriores, provocou a mudança de hábitos em parte dos paulistanos. Motivados pelo aumento de casos de violência, alguns usuários de transportes individuais decidiram procurar novas alternativas para se deslocar na Capital. Lançado em dezembro de 2016, o FemiTaxi, app de táxi exclusivo para mulheres, registrou crescimento de 35% no número de chamadas na Capital após o incidente sofrido pela profissional de comunicação, no dia 1º de fevereiro.
De acordo com Charles-Henry Calfat, criador do FemiTaxi, o aumento da demanda em parte pode ser justificado pela falta de segurança proporcionada pelos aplicativos exclusivos de motoristas particulares, uma vez que os casos de violência contra os passageiros, e até mesmo com os motoristas, não param de ser registrados. “Muitas pessoas entraram em pânico com as últimas notícias e decidiram voltar a utilizar táxis pelo fato de possuir um filtro maior de segurança, uma vez que os motoristas possuem a regulação da Prefeitura por meio do alvará”, explica.
A editora de livros Priscila Carvalho, de 38 anos, que utiliza com frequência os principais serviços de transportes individuais existentes no mercado, revela que decidiu baixar o FemiTaxi após os crescentes casos de violência, envolvendo os aplicativos compostos apenas por motoristas particulares. “Gostava bastante no início, mas a popularização do serviço gerou uma queda na qualidade do atendimento. Como antes também já havia tido problemas com alguns taxistas, resolvi testar o FemiTaxi. A experiência foi ótima. Me senti segura e tive uma maior empatia e cumplicidade com as motoristas”, afirma.
Já a consultora de projetos logísticos Bruna Ferreira, de 27 anos, teve dois contratempos seguidos no fim do ano passado com motoristas particulares. O primeiro caso envolveu a chegada de um veículo diferente do informado pelo app. “Como ele já estava lá, resolvi utilizá-lo. No entanto, em poucos minutos o motorista começou a fazer perguntas pessoais e iniciou uma rota fora do padrão, pois imaginou que não fosse de São Paulo. Comecei a dar dicas de caminhos, para ele perceber que morava aqui. Fiquei o tempo todo com medo, mas, felizmente, cheguei bem ao meu destino. Após uma semana fui informada pela empresa de que realmente tratava-se de um veículo clonado”, relata.
No dia seguinte, Ferreira realizou outro deslocamento com o app. Desta vez, segundo ela, o motorista parecia estar sob efeito de drogas, uma vez que no meio do trajeto começou a acelerar e desacelerar o carro constantemente. “Após essas situações, decidi nunca mais usar os aplicativos de motoristas particulares. Logo em seguida, conheci o FemiTaxi e gostei bastante da experiência. Agora só uso ele e outros apps, que também oferecem a possibilidade de escolher taxistas mulheres”, informa.
Sobre o Femi Táxi
Criado em dezembro de 2016, o FemiTaxi é um aplicativo que conecta as taxistas à clientela feminina, garantindo qualidade e cordialidade no atendimento. Disponível nos sistemas iOS e Android, a plataforma dispõe também de funcionalidade que permite o transporte de crianças desacompanhadas. Atualmente, o app encontra-se em operação nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte. A ideia é expandir o aplicativo para as principais capitais do país ao longo de 2017. Mais informações:
http://www.femitaxi.com.br/